segunda-feira, 19 de abril de 2010

A História da Artes Marciais e do Zen - Introdução

A luta com objetivos espirituais



Estudantes chineses de artes marciais contam que um mestre tai-chi do século XVII, chamado Yang Lu Chan, estava calmamente pescando à beira de um rio quando foi atacado por dois assaltantes. Antes que pudessem lhe desferir um só golpe, ambos foram atirados nas águas profundas, como que agarrados por uma gigantesca mão invisível - enquanto Yang continuava a pescar serenamente, sem mover um único músculo.
Os iniciados dizem que Yang repeliu seus atacante com uma intensa concentração de tchi, uma potente potente energia cósmica que flui dentro do corpo e pode ser direcionada praticamente sem nenhum esforço por aqueles que sabem controlá-la. O domínio dessa energia interior é um dos princípios que coloca as artes marciais do Oriente numa categoria muito superior a meros exercícios de destreza física, como podem pensar alguns ocidentais. Seus adeptos encaram os clássicos sistemas de combate - desde as violentes colisões de corpo dos sumôs japoneses até os sutis movimentos do tai-chi - como caminhos para a realização espiritual.
Por vezes, os mestre parecem transcender as leis naturais. Partem tijolos com golpes aparentemente suaves e expõem-se a lâminas afiadas sem sofrer cortes. Podem matar com um único toque - embora saibam que, sempre que possível, devem evitar lutar e matar. Os praticantes movimentam-se com tal rapidez que frequentemente a ação não pode ser captada num filme. Para realizar tais façanhas, as disciplinas marciais têm como base a religião; sua meta suprema é inegavelmente espiritual; proporcionar aos adeptos a possibilidade de chegar ao estado sublime da iluminação através da perfeição do eu físico e moral.

Texto extraido do livro: Mistérios Orientais.

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